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LesB Saúde | A importância do Setembro Amarelo

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Todo mês de setembro a temática do Suicídio volta à tona, por conta do chamado Setembro Amarelo, grande campanha de conscientização à prevenção de suicídios. E qual a importância disso para as mulheres da população LGBTQIA+?

LesB Saúde | População LGBTQIA+ e depressão

Uma pesquisa da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, demonstrou que adolescentes LGBTQIA+ eram cinco vezes mais propensos a tentar suicídio que o restante dos adolescentes. Já o levantamento realizado no Brasil pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), demonstrou que de 2016 a 2018 ocorreu um aumento chocante de 284% de mortes por suicídio entre jovens LGBTQIA+ brasileiros. 

Esses dados assustadores mostram a vulnerabilidade da população LGBTQIA+ às questões de Saúde Mental, por conta da sua vivência diária de preconceito e violência. Para as mulheres LGBTQIA+ esse debate ainda deve ser adicionado a todo sofrimento psíquico que ser mulher em uma sociedade patriarcal e controladora causa, o que pode ou não levar a ideações e ações suicidas. Mas como assim isso pode levar ou não a essas ideações?

The Loud House e a representação LGBTQIA+

As questões de Saúde Mental e mais especificamente de Suicídio precisam ser pensadas de uma forma ampla, que inclui fatores individuais e sociais. Como já dito antes, a população LGBTQIA+ tem maior risco de Suicídio por conta da vivência de preconceito, mas quando adicionado nisso fatores que podem gerar uma proteção e qualidade de vida, isso muda drasticamente. O mesmo estudo da Universidade de Columbia demonstra que, jovens LGBTQIA+, que estudam e residem em locais que aceitam a sua sexualidade e identidade de gênero, tem 25% menos chance de terem comportamentos suicidas. 

Com isso, o grande ponto de trazer a questão do Setembro Amarelo, ou mais especificamente do Suicídio para a comunidade LGBTQIA+ é de demonstrar ainda mais a importância de se ter instituições que podem oferecer apoio a essa população como um todo, e da importância individual de se ter pessoas próximas com quem se pode contar. Essas duas questões podem ser dificultadas por muitos fatores, principalmente ligados ao preconceito (como quase tudo da população LGBTQIA+, infelizmente), mas buscar relacionamentos saudáveis já é um grande ponto.

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É necessário deixar claro que uma pessoa que tem ideações suicidas ou que chega a tomar ações nesse sentido não deve ser vista como alguém fraco, ou com falta de Deus, que quer chamar a atenção ou com qualquer outra questão que o imaginário popular poderia falar. É sim uma pessoa que está necessitando de apoio, e merece ter a chance de receber.

Outro ponto importante é de que ser apoio de uma pessoa passando por situações assim não é fácil, e não deve ser uma tarefa solitária. Por isso buscar informações para entender melhor e ter uma rede de apoio própria é extremamente necessário.

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Lembrem-se também que receber ajuda profissional, principalmente de profissionais da psicologia é muito importante, para quem pensa no suicídio e para quem ajuda alguém nesta situação. Existem muito profissionais treinados em lidar com esses casos e eles poderão realmente oferecer o apoio necessário. Você não é fraco por buscar ajuda! 

Caso necessário, existe a linha do Centro de Valorização da Vida (CVV) que realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio. O número para ligar é 188.

Carol Moreno é estudante de psicologia, bissexual e do interior de São Paulo. Ama todos os filmes, séries e webseries com personagens LGBTQ+, espera um dia conseguir assistir tudo que coloca na sua listinha.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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