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De Clarina a Jathea: A representação de personagens lésbicas e bissexuais em novelas

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Se você, assim como eu, é sedenta por representação LGBTQ+, certeza que você conhece alguns ou todos os casais e personagens que serão citados nesse texto.

I love you, Ich liebe dich, Te quiero, Mahal Kita, Eu te amo… já aprendemos a expressar nosso amor em diversas línguas graças a nossa ânsia por conteúdo audiovisual LGBTQ+. Para nós, não há idiomas ou barreiras que nos impeçam de consumir conteúdos que possuam personagens LGBTQ+, e com as novelas não é diferente. Ainda bem que para nossa sorte e alegria, sempre tem uma poliglota que legenda os vídeos espalhando a palavra sapatão para o mundo!

Percebe-se que nos últimos anos a quantidade de personagens LGBTQ+ em séries têm crescido, e isso tem sido muito positivo para a nossa geração. No entanto, nas novelas a introdução de tais personagens têm sido gradativa. O processo tem sido mais lento por se tratar de um formato mais tradicional e comando por escritores que possuem uma visão limitada não só sobre a comunidade LGBTQ+, mas de outras minorias. Pelo menos é isso que se tem observado nas novelas brasileiras.

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O primeiro beijo lésbico em uma novela brasileira foi exibido em 2003, quando Rafaela (Alinne Moraes) deu um selinho tímido em Clara (Paula Picarelli) na trama “Mulheres Apaixonadas”. Após o termino da novela, outras tramas investiram em enredos com casais lésbicos como “Senhora do Destino”, no entanto as cenas de beijo e sexo ficavam apenas na suposição.

Foi então que, em 2011 foi exibido na novela Amor e Revolução um beijo mais caloroso entre as personagens Marina (Gisele Tigre) e a Marcela (Luciana Vendramini). As personagens trabalhavam juntas, e depois de diversas investidas de Marcela, Marina decide dar uma oportunidade para a advogada e viver esse amor.

Anos mais tarde, a Globo viria nos dar um dos casais que mais arrancariam nossos suspiros: Clarina. Durante uma de suas exibições, Marina (Tainá Müller) se apaixona a primeira vista por Clara (Giovanna Antonelli). A aproximação das duas no decorrer da novela transformou a amizade em romance. Tanto Marina, como Clara, derrubariam convicções que ambas as personagens possuíam. Clara que era casada com um homem e tinha tido apenas experiências heterossexuais, se apaixona por uma mulher, percebendo que amor não tem gênero. Já Marina, que não compactuava com a ideia de família e casamento, ao conhecer Clara, passa a planejar uma vida com a personagem de Giovanna e o filho Ivan (Vitor Figueiredo). A história das duas está recheada de momentos fofos e conflitos, Mas graças a Nossa Srª. dos Ships, Clara se separa e decidi viver com a fotógrafa.

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Falando em fotógrafas, outra personagem que andou dando uns clicks em sua crush foi Samantha. A personagem vivida por Giovanna Grigio, se envolveu amorosamente com Lica (Manuela Aliperti). A brincadeira que começou com um aplicativo de namoro, ficou mais intensa e virou romance. Foi encantador assistir Lica e Samantha se apaixonarem. A naturalidade com que foi tratada a história das personagens foi bastante positiva, principalmente por ser tratar de um romance homoafetivo entre adolescentes, algo que não vemos com frequência. Apesar de “Malhação – Viva a Diferença” ter sido finalizada, Limantha ainda deixa muito pneu de caminhão arreado.

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Em contrapartida de Limantha, temos Selma (Carol Fazu) e Maura (Nanda Costa) de “O Segundo Sol”. As personagens moravam no mesmo edifício e aproveitavam para se encontrar toda vez que não havia ninguém no apartamento de Maura. No decorrer da novela as duas acabaram assumindo o romance e o problemas começam. A mãe de Maura que a princípio não aceitava o namoro, acaba apoiando o casal. É então que elas decidem ter um filho. Ionan (Armando Babaioff), amigo e parceiro patrulha de Maura,  se oferece para ser o doador do esperma e possibilitar que casal tenha um filho.

O envolvimento de Ionan na história de Maura e Selma, deixou o casal abalado, já que Maura começou a se apaixonar por Ionan. A notícia se espalha e todos começam a dizer que Maura foi “curada”. O maior erro da novela foi a falta de sensibilidade ao tratar da bissexualidade de Maura. O enredo da personagem provocou uma resposta errada e perpetuou a crença de que a homossexualidade é uma “doença” que precisa ser “curada”. Agora na reta final da novela, decidiram que a melhor forma de resolver esse problema era transformar o relacionamento dos três no conto de Dona Flor e seus dois maridos.

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Enquanto aqui no Brasil, comemoramos qualquer pequena demonstração de afeto entre as personagens, os nossos vizinhos Argentina e Chile não se contém e nos entrega casais lésbicos com muitos besos y cariños. Temos Bárbara (María José Bello) & Mercedes (Soledad Cruz) de “Perdona Nuestros Pecados, Brenda (Gimena Accardi) & Marisa (Luciana González Costa) de “Sos Mi Hombre”, Agustina (Sabrina Fogolini) & Valéria (Natalie Pérez) de “Los Vecinos En Guerra”, Flor (Violeta Urtizberea) & Jazmín (Julieta Nair Calvo) de “Las Estrellas”. Dos casais citados, sem dúvidas, foi Flor e Jazmín que ganharam o mundo. O casal apelidado de #Flozmin, deixou muitos caminhõezinhos abalados.

Jazmín começa a trabalhar na cozinha do Hotel Las Estrellas, propriedade e herança de Flor e suas irmãs. As personagens logo viram amigas, passando a compartilhar confidências. Inclusive por diversas vezes Flor conta a Jazmín o quanto gostaria de ser “normal”.

A personagem de Violeta possuí a Síndrome de Tourette, um transtorno neuropsiquiátrico que é caracterizado por diversos tiques físicos e pelo menos um tique vocal. A novela expõe as dificuldades de lidar com síndrome através de Flor, mostrando como isso influência em seus relacionamentos pessoais e profissionais.

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Por possuir a Síndrome de Tourette, Flor acredita que ninguém nunca a amará, porém Jazmín demonstra o contrário. Apesar das confusões que antecederam a união do casal, Flor e Jazmín superam tudo e se tornam um dos casais mais fofos da ficção. O namoro logo virou casamento e a família Estrella-Del Rio ao fim da novela comemorou a chegada de Melisa e Violeta.

O México não nos deu só Paola Bracho, María do Bairro e RBD, ele também nos deu Mariana (Eréndira Ibarra) e Julia (Liz Gallardo). Exibida em 2010, a novela “Las Aparício” contava a história da família Aparício, que era composta apenas por mulheres porque todos os homens haviam morrido (melhor enredo, eu só acho que a gente fazer igual e matar todos os homens). A novela acompanhava a vida da matriarca e de suas filhas, dentre elas Julia Aparício.

Diferente dos casais até aqui citados, Julia e Mariana já se conhecem há anos. Porém, Julia começa a perceber que a Mariana é a mulher de sua vida. Apesar da gente ter que lidar com as indecisões e confusões de Julia, a história do casal é bem construída. E o casal não sofre nenhum tipo de repressão sobre os beijos entre as duas, pelo contrário elas eram tratadas da mesma forma que os demais casais da novela. Além disso, quando a novela virou filme, Julia e Mariana foram o único casal que permaneceu junto, é muito #endgame!

O maior produtor de séries do mundo, Estados Unidos, também possuí novelas com representatividade lésbica e bissexual, dentre das quais temos Marisa (Sarah Glendening) & Bianca (Christina Bennett Lind) de “All My Children”, o casal mais recente e fofo da tv americana: Mariah (Camryn Grimes) & Tessa (Cait Fairbanks) “The Young and the Restless” e, Parker (Ashley Jones) & Kristina (Lexi Ainsworth) de “General Hospital”. Fato curioso, antes de Lexi voltar a interpretar Kristina, quem deu vida a personagem durante um ano foi Lindsey Morgan (Raven Reyes de The 100). Agora imaginem, que Lindsey poderia ter sido a jovem estudante a se envolver com sua professora… É isto fomos roubados, o universo precisa nos compensar por essa perda!

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Atravessando o Atlântico, temos outros casais que deixaram nossos corações quentinhos como Sophie (Brooke Vincent) & Sian (Sacha Parkinson) da novela britânica “Coronation Street”. O casal interpretado por Brooke e Sacha foi o primeiro casal lésbico da novela que é exibida desde 1960.

Pela primeira em quase 50 anos de exibição, a novela decidiu que era hora de apresentar um casal lésbico. O amor adolescente de Sophie e Sian, teve que lidar com a não aceitação da família e os julgamentos da igreja. As personagens chegaram até a fugir para não ter que conviver com tais preconceitos. Porém, no decorrer da novela a família acolheu o casal e as duas quase se casaram.

O romance que durou quase dois anos, terminou durante a cerimonia de seu casamento. Sian acaba descobrindo que Sophie havia a traído e resolveu ali mesmo acabar com tudo. Essa foi a resposta encontrada pelos roteirista para a saída da atriz Sacha Parkinson. Apesar do casal não ter tido o final esperado pelos fãs, Sophie e Sian, abriram as portas para que outros casais aparecessem, como Sophie & Kate (Faye Brookes), Sophie & Paula (Stirling Gallacher), Rana (Bhavna Limbachia) & Kate.

Outra trama que está em exibição há anos, é a novela alemã “Gute Zeiten, Schlechte Zeiten”. A personagem de Janina Uhse, Jasmin Flemming está na novela desde 2008 e Linda Marlen Runge, que interpreta Andrea “Anni” Brehme apareceu pela primeira vez em 2013. O convívio leva Anni se apaixonar por Jasmin. Kurt Le Roy (Tim Williams), marido de Jasmin, logo percebe que a engenheira de som está apaixonada por sua esposa, no entanto não faz nada, além de compartilhar suas desconfianças com Jasmin.

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Com o fim de seu casamento com Le Roy, a história de Anni e Jasmin começa a ser desenvolvida. Jasmin sabendo que Anni gosta dela, usa isso e começa a provocá-la. A brincadeira fica séria e as duas transam. Não sabendo lidar com o ocorrido, Jasmin pula no primeiro homem que vê e se arrepende. Apesar de a princípio Jasmin negar o que sente por Anni, ela acaba se rendendo.

Anni e Jasmin enfrentam problemas comuns de casais, como saber quando devem morar juntas, como suas carreiras influenciam em seu relacionamento, o quão é necessário saber quais as necessidades do outro e, quando dar espaço e privacidade ao seu parceiro. As duas permanecem juntas por um logo período da novela, porém, após uma viagem as duas decidem abrir a relação, o que resulta no fim da mesma. Anni começa a se envolver com Rosa (Joana Schümer), e Jasmin ganha um novo interesse amoroso Dr. Frederic Riefflin (Dieter Bach), que mais tarde descobrimos ser o pai biológico de Jasmin.

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A relação das duas que no início havia sido desenvolvido com coerência, no fim acaba confusa e desconexa. Anni e Jasmin ensaiam uma volta, mas a personagem de Janina muda-se para New York após receber uma proposta de emprego, colocando de uma vez por todas uma pedra em cima do relacionamento.

De novelas do ocidente, vamos para o oriente! “The Rich Man’s Daughter” estreou em 2015, a trama acompanha a vida Jade Tanchingco (Rhian Ramos), um mulher que vem de uma família rica dedicada às suas tradições. A jovem Tanchingco está pronta para se casar com o belo David (Luis Alandy). Mas tudo muda em sua vida quando ela conhece a atraente coordenadora de casamentos, Althea (Glaiza de Castro). Um forte vínculo entre as duas mulheres surge, o que testará o compromisso de Jade com sua família conservadora e seus valores.

As personagens tiveram que lidar com uma sociedade conservadora dentro e fora da novela. Diversas vezes as cenas de beijos do casal foram censuradas pela MTRCB (The Movie and Television Review and Classification Board). A MTRCB é uma agência do governo filipino que é responsável pela classificação e revisão de programas de televisão e filmes. A MTRCB censurou as cenas de afeto entre as personagens, mas não as cenas de violência contra elas. Jade e Althea foram sequestradas e agredidas por diversas vezes na trama, e para piorar em nenhum momento seus agressores sofreram punições. No fim da novela, as atrizes chegaram a gravar um cena de beijo durante a parada do orgulho LGBTQ+, no entanto novamente a cena foi censurada.

Enquanto Jade e Althea tem seu amor censurado, Susana Wang (Jani Zhao) e Cátia Sobral (Anna Eremin) vivem sua relação cheia de amor e ódio. Exibida pelo canal português TVI, Jogo Duplo conta a história de duas famílias: a família Barbosa, que tem tanta propensão para a riqueza e para o poder, como para o escândalo e a traição, e a arruinada família Guerra, a quem o regresso dos três filhos do viúvo patriarca Guerra irá provocar uma onda de ódios, traições e amores que agitará a região.

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O mais incrível da relação entre Susana e Cátia, é que o enredo se difere do que nós assistimos habitualmente. A história quebra o padrão “A” namora “B” e percebe que tem sentimentos por outra mulher, larga “B” para ficar com “C”. Susana e Cátia são lados opostos da mesma situação. A oficial Sobral investiga os negócios um tanto quanto suspeitos do chefe de Susana, ao mesmo tempo que tem resistir as tentações da personagem de Zhao. O conflito aqui é saber como ficar juntas sem prejudicar suas carreiras ou suas vidas.

Apesar das novelas serem de países diferentes, percebe-se que ao se tratar de personagens lésbicos e bissexuais os enredos se repetem. Na maioria das tramas, uma das personagens namora ou é casada com um homem, e o encontro com outra mulher faz com que ela questione suas concepções de amor. Ela fica um período da novela se em dúvida sobre o que fazer e em alguns casos ao invés de terminar o relacionamento, ela acaba traindo o seu parceiro atual. Esse tipo de enredo, pode perpetuar uma imagem negativa sobre a comunidade LGBTQ+, principalmente perpetuar a crença de que bissexuais são indecisos e com inclinação para a traição.

O enredo da aceitação é importante, porém gostaria de ver uma novela que iniciasse com um casal já formado e que bordassem os conflitos da vida a dois. E principalmente gostaria de assistir uma trama que trata-se os personagens sem esteriótipos e com o mesmo respeito dos personagens heterossexuais. Seria até interessante, ter uma novela com um protagonista LGBTQ+.

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Ao fim, observamos que as novelas refletem as sociedades nas quais estão inseridas, como fica evidente no caso de Jade e Althea. E se pararmos para analisar as novelas brasileiras, chegamos a conclusão que é aceitável você ser gay, lésbica, bissexual… contando que você não dê demonstrações públicas de afeto. Por mais, que a introdução de tais personagens seja gradativa, não podemos negar que as novelas são capazes de atingir um público maior e mudar a visão de espectadores.

E aí, você tem algum personagem ou casal de novela que ajudou você na sua jornada? Conta para nós quem é e como seu enredo te ajudou!

Blogayrinha pertencente a casa de Corvinal, minhas três paixões são: vampiras, bruxas e lgbeteres.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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