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A Maldição da Mansão Bly – Dani e Jamie, simplesmente esplêndidas

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“A Maldição da Mansão Bly” (de Mike Flanagan) foi lançada em outubro de 2020 na Netflix e, meses depois, ainda não fomos capazes de superar o casal Damie.

A série, que foi uma continuação (antologia) de A Maldição da Residência Hill” (2018), dá início quando em Londres, no ano de 1987, Henry (Henry Thomas) procura uma nova babá para seus sobrinhos órfãos na mansão Bly, após uma tragédia com a antiga babá (Tahirah Sharif). Ele encontra Dani (Victoria Pedretti), uma americana, e após uma dose de sinceridade, resolve contratá-la.

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Além da nova babá e da jardineira Jamie (Amelia Eve), na mansão estão o motorista Owen (Rahul Kohli) e a governanta Hannah (T’Nia Miller). Também, é claro, as crianças Miles (Benjamin Evan Ainsworth) e Flora (Amelie B. Smith).

Primeiramente, esse texto contém spoilers! Agora não podem dizer que não avisei, vamos lá:

Apesar de manter certos aspectos da primeira temporada, “A Maldição da Mansão Bly” traz com maior força o aspecto gótico londrino e ainda uma grande surpresa para os fãs: o casal Dani e Jamie, que não só se destacou, como fez muitas pessoas apresentarem a temporada como um romance e uma pitada de fantasmas, mesmo que esse romance só tenha de fato se estabelecido aos 45 minutos do segundo tempo. Existem cenas próximas, beijos e olhares durante episódios anteriores, porém a babá e a jardineira só realmente ficam juntas no último capítulo e então somos presenteadas com uma narrativa mais corrida da vida que se passou, até determinados acontecimentos.

Agora, por que uma série de “terror trágico” conquistou tanto os corações românticos? Podemos dizer com confiança que apenas pela simplicidade do casal. Simplesmente esplêndidas.

No Diário (Out!) | Sobre amores, cartilhas e combinados

As histórias que vemos na mídia atualmente envolvendo um casal sáfico possuem a previsível problemática de traição e/ou questionamento de autoidentificação, e o casal de “A Maldição da Mansão Bly” dá o algo a mais que precisamos. Entrega uma rotina, uma vida sendo construída e as cenas que mais fazem a diferença nessa narrativa são as cenas mais banais. Entre o fim do dia assistindo TV de pés entrelaçados e as conversas enquanto uma lava a louça e a outra seca, vemos uma parte da representatividade que pouco nos é mostrada: o dia a dia de um casal.

Não só o plot não ser focado na problematização do amor que sentem uma pela outra e sim ao mundo externo, mas também ao fato da série ter introduzido um casal homoafetivo sem que tivesse uma motivação específica para isso e sim, somente por ser algo pertencente ao mundo, faz com que um calorzinho em nossos corações apareça mostrando o quanto estamos carentes desse tipo de desenvolvimento e que devemos evoluir o nível de representatividade.

Temos, é claro, outras tramas que conseguiram seguir suas narrativas sem tirar a experiência de um casal não tóxico ou cheio de questionamentos. Por exemplo, “Sense8”, com Nomi (Jamie Clayton) e Amanita (Freema Agyeman), pontuando sempre uma enorme parceria, mesmo com toda a loucura em que estavam vivendo. E, também, “The 100”, com Clarke (Eliza Taylor) e Lexa (Alycia Debnam-Carey), que apesar de ter muitas outras problemáticas, surpreende por, em nenhum momento, ter colocado a “atração homoafetiva” como uma questão.

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Esperamos que possamos refletir e mostrar aos criadores o quanto estamos precisando ir além do que já foi visto. Precisamos começar a ver mais casais que nos representam em espaços diversos, como as futuras distopias de destaques em mundos fantásticos e as séries de ação.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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